Made in Africa: o luxo que o mundo consome, mas nem sempre renconhece
O continente africano sempre teve um papel incrível no mundo da moda de luxo, seja fornecendo matérias-primas raras, como couros e tecidos preciosos, ou oferecendo o talento de artesãos extremamente habilidosos. Mas uma pergunta precisa ser feita, seguindo o exemplo do "exposed" promovido pela China: por que o mundo ainda insiste em não valorizar o "Made in Africa"?
Na ultima semana, a historiadora de moda Christie @bronze_bombshel, reconhecida pela Forbes e pela Vogue Business, movimentou as redes sociais com uma denúncia importante. Em um vídeo, ela revelou que marcas famosas, como a Loewe e outras que fazem parte do poderoso grupo LVMH, produzem parte de seus produtos na África, mas escondem essa informação do público.
Christie mostrou o exemplo das bolsas de ráfia da Loewe, que são feitas com o talento de artesãs africanas em parceria com empresas como a Henkanto, que atende clientes de peso como a própria LVMH. Ou seja, a participação africana na criação de peças de luxo é muito maior do que as marcas costumam admitir.
O que incomoda é que, mesmo quando o trabalho africano é essencial, a etiqueta "Made in Africa" quase nunca aparece. Em vez disso, vemos selos como "Made in Italy" ou "Made in France" estampados com orgulho. Para Christie, isso não é por acaso. É um reflexo de um preconceito antigo que ainda coloca algumas origens como “mais valiosas” do que outras.
A historiadora lembra que o continente africano não só fornece matérias-primas, mas também entrega produtos prontos, feitos com muita técnica e tradição, principalmente por mulheres artesãs. E, mesmo assim, essas mãos talentosas seguem invisíveis.
Finalizando essa reflexão, a pergunta que não quer calar: por que esconder a contribuição africana, se ela é tão rica, legítima e essencial para o luxo que o mundo tanto admira?
Por: Redação